No post anterior – PMOC: Por que você precisa conhecer e aplicar em sua empresa? – mencionamos que a gente se importa tanto com a água que bebemos e os alimentos que ingerimos… mas, e o ar que respiramos a cada instante, principalmente em locais fechados? Já refletiu sobre o quão vital ele é? Essa é a verdadeira alma do PMOC, a Qualidade do Ar que respiramos!
O PMOC vai além de um mero protocolo formal; ele é a segurança de que o “fôlego” do seu espaço – o sistema de ar-condicionado – está operando de forma a proteger a saúde de todos ali presentes. Seu objetivo maior é remover ou diminuir os riscos potenciais à saúde originados por impurezas no ar.

Mas, como isso se concretiza, na prática?
É simples: a norma NBR 17037 de 2023 define padrões rigorosos para a qualidade do ar que circula. Ele estipula limites para diversos tipos de “impurezas invisíveis”, como:
Poluentes biológicos: Imagine fungos e bactérias que podem se multiplicar em sistemas sujos. O PMOC estabelece o controle para que esses invasores indesejados não prejudiquem a saúde de ninguém.
Poluentes químicos: São aqueles gases e partículas que podem vir de dentro ou de fora do ambiente, como compostos voláteis ou fuligem. O plano garante que a concentração deles esteja sempre segura
Parâmetros físicos do ar: Aqui falamos de coisas como temperatura, umidade e até a velocidade do ar. Manter esses fatores em equilíbrio (ex: temperatura entre 21°C e 26°C e umidade relativa entre 35% e 65%) é crucial não só para o conforto, mas também para evitar a proliferação de microrganismos.
A avaliação da qualidade do ar em espaços com ar condicionado precisa acontecer pelo menos a cada seis meses. Contudo, em certas situações, por exemplo, em lugares muito cheios (mais de 0,5 pessoa por metro quadrado), essa frequência pode ser menor.

A empresa que faz a limpeza dos ares condicionados pode fazer a análise da qualidade do ar?
Não, a empresa que faz a limpeza do ar condicionado não pode fazer a análise da qualidade do ar. O motivo é que, pela legislação brasileira, a empresa responsável pela análise da qualidade do ar precisa ser totalmente independente daquelas que fazem a limpeza, manutenção ou venda de equipamentos. Isso garante que não haja conflito de interesses e que a análise seja imparcial e confiável.
Imagine que é como pedir para o aluno que fez a prova, corrigi-la. Para ter certeza de que a nota é justa, outra pessoa precisa corrigir, certo? Com a qualidade do ar é a mesma coisa: quem analisa não pode ser quem limpa, para que o resultado seja o mais honesto possível.
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